Frei Antônio de Lorenzi Canever
Urussanga,SC
Frei Antônio de Lorenzi Canever faleceu no Hospital Pompeia, em Caxias do Sul, por complicações cardiorrespiratórias, aos 76 anos e 53 de vida religiosa.
Foi velado na capela da Casa de Saúde São Frei Pio, junto ao Convento Imaculada Conceição, em Caxias do Sul, onde, às 9h30 de 19.06.2013 houve missa de despedida, presidida por Fr. Cleonir P. Dalbosco, ministro provincial, e concelebrada pelos bispos eméritos D. Paulo Moretto, D. Osório Bebber e D. Ângelo Salvador e por outros 34 sacerdotes. Presentes, também, mais de 20 irmãos leigos e formandos capuchinhos, além de sobrinhos e parentes. Foi sepultado no Memorial dos Capuchinhos junto à igreja dos Capuchinhos, em Caxias do Sul.
Registro
Frei Antônio ingressou no Convento de Flores da Cunha aos 20 anos, em 1958, onde também fez o noviciado (assumindo o nome religioso de Frei Policarpo de Urussanga) e a profissão dos votos religiosos, em novembro de 1959. Como religioso capuchinho viveu nas fraternidades de Ijuí, Marau, Ipê, Veranópolis, Flores da Cunha, Garibaldi, Porto Alegre e, nos últimos quatro anos, dependente de cadeira de rodas, na Casa de Saúde São Frei Pio, em Caxias do Sul.
Nos conventos e seminários da Província, dedicou-se aos serviços fraternos. Foi cozinheiro e padeiro, tratorista nas lavouras, horticultor, vinicultor, apicultor e recepcionista. Em 1974 foi nomeado Ministro Extraordinário da Eucaristia por Dom Benedito Zorzi, quando passou a dedicar-se também à pastoral dos enfermos.
Durante seis anos, entre 1984 e 1990, esteve a serviço da Ordem, em Roma, como recepcionista e horticultor no Colégio Internacional São Lourenço
de Bríndisi. Nesse período também conheceu lugares históricos da Igreja, do
franciscanismo e da Ordem capuchinha na Itália, Israel e Turquia.
Informações pessoais
Filho de João de Lorenzi Canever e de Judith Brognara Canever, sentiu-se vocacionado à vida religiosa ao final de uma missão popular, em sua terra natal. Já religioso, concluiu o ensino fundamental e, a partir de 1976, na Pucrs e na Estef, em Porto alegre, freqüentou inúmeros cursos na área da espiritualidade e das ciências teológicas.
Sempre disposto, Frei Antonio teve que enfrentar, nos últimos 30 anos de vida, recorrentes problemas de saúde relacionados à artrose nos quadris e osteomielite crônica. Em 1983 fez o primeiro implante de prótese; após, por fraturas e sucessivas infecções e rejeições, sofreu cerca de outras dez intervenções cirúrgicas.
Como religioso tinha a marca da simplicidade e do trabalho e vivia cheio de ideais e aspirações. Era agradecido pela vocação à vida religiosa, não se queixava do sofrimento, vivia em constante oração, demonstrando uma fé simples, mas profunda, e sendo um testemunho de esperança e otimismo.