Frei Benjamim Salvador Ridolfo
Frei Benjamim Salvador Ridolfo nasceu em Piracicaba-SP no dia 21 de junho de 1912. Era filho de Artur Ridolfo e Maria Salvador Ridolfo. Foi batizado na igreja São Benedito em Piracicaba aos 8 de setembro de 1912 e crismado por Dom Joaquim Mamede da Silva Leite, em Piracicaba. Recebeu a Primeira Eucaristia na igreja Sagrado Coração de Jesus, Piracicaba, aos 15 de agosto de 1918. Fez os primeiros estudos em Piracicaba. Entrou para o Seminário São Fidélis aos 4 de julho de 1922.
Noviciado e Profissão
Vestiu o hábito franciscano capuchinho e iniciou o noviciado no convento Santa Clara, em Taubaté, aos 17 de fevereiro de 1929. Foi seu Mestre Frei Ricardo de Denno. Emitiu a profissão temporária perante Frei Tiago de Cavêdine no convento de noviciado no dia 23 de fevereiro de 1930. Fez a profissão perpétua perante Frei Manoel de Seregnano, em São Paulo, aos 19 de agosto de 1933.
Filosofia, Teologia e Ordenação
Estudou Filosofia e Teologia em São Paulo nos 1930 a 1932 e 1933 a 1936. Recebeu a Primeira Tonsura e as Ordens Menores conferidas por Dom Frei Luís Maria de Santana, em São Paulo, aos 20 e 21 de agosto de 1933. Foi ordenado Subdiácono por Dom José Gaspar de Afonseca e Silva, em São Paulo, no dia 10 de novembro de 1935 e Diácono por Dom Duarte Leopoldo e Silva aos 8 de março de 1936. Recebeu a Ordenação Sacerdotal pela imposição das mãos de Dom Frei Luís Maria de Santana, em São Paulo, aos 6 de junho de 1936.
Ministério sacerdotal
Concluídos os estudos em novembro de 1936, foi transferido para o Seminário São Fidélis de Piracicaba, como professor. Em janeiro de 1937 foi ser Vigário Cooperador em Penápolis. Em dezembro de 1938 recebeu nova transferência para o convento São José em Mococa onde foi professor no curso de Filosofia. Um ano depois, em dezembro de 1939, foi lecionar Teologia em São Paulo, sendo transferido para Taubaté em dezembro de 1940. De Taubaté, recebeu transferência para Santos como Vigário Cooperador e Vice-Guardião da Fraternidade Santo Antônio do Embaré. Aí permaneceu até janeiro de 1948, sendo transferido para São Paulo onde foi ser secretário no ginásio e lente na Escola Paulista de Direito (1945-1951). Residiu e trabalhou ainda em Taubaté (1951 a 1956), Piracicaba (1957 a 1959), Votuporanga (1960 a 1964), Birigui (1964 de fevereiro a maio) e São Paulo (1964 a 1996). Em São Paulo residiu e trabalhou no convento e paróquia Imaculada Conceição (1964 a 1983), exclaustrado (1984 a novembro de 1988), Fraternidade São Félix de Cantalício na Vila Guarany (1988 a 1998). No dia 4 de março de 1998 recebeu sua última transferência para a Fraternidade Nossa Senhora dos Anjos em Piracicaba.
Nos conventos e paróquias onde residiu e trabalhou, Frei Benjamim foi professor no Seminário São Fidélis, nos cursos filosóficos e teológicos, lente na Escola Paulista de Direito e exerceu diversos cargos na Província e na Igreja: Pároco, Guardião, Assistente do Serviço de Assistência Social Missionária e da Federação dos Trabalhadores Cristãos.
Vigário Provincial
O Comissariado Provincial foi elevado a Província no dia 8 de dezembro de 1953. No 1º Capítulo Provincial realizado no convento Imaculada Conceição, em São Paulo, de 21 a 23 de dezembro de 1953, Frei Benjamim Salvador Ridolfo foi eleito 1º Definidor e Vigário Provincial, sendo nomeado pelo Definitório Guardião do convento de noviciado em Taubaté.
Na vida imortal
Frei Benjamim viveu seus últimos anos de vida na Fraternidade Nossa Senhora dos Anjos, Piracicaba. Faltando seis dias para completar 92 anos de idade, Frei Benjamim faleceu na Santa Casa de Piracicaba, aos 15 de junho de 2004, às 14 horas e 15 minutos. O atestado de óbito deu como causa da morte: “Insuficiência respiratória”, “Pneumonia bilateral”. Seu corpo foi velado na igreja do convento Sagrado Coração de Jesus, Piracicaba. Às 10 horas do dia 16, o Ministro Provincial Frei João Alves dos Santos presidiu a missa exequial concelebrada por vários sacerdotes capuchinhos e do clero diocesano. Após as exéquias finais seu corpo foi sepultado na Capela Mortuária dos Frades Capuchinhos no Cemitério da Saudade, em Piracicaba.
Secretário do Governador Ademar de Barros
Frei Mauro Strabelli, na homilia da missa exequial, “exaltou a cultura de Frei Benjamim, seus dotes de pregador e seu cultivo do português castiço. Lembrou ainda sua presença franciscana no meio político como Secretário do Bem Estar Social do governador Ademar de Barros, fato incomum naqueles tempos, nos idos de 1960” (Cf. “Vida Fraterna” Nº 424, p. 10).